Nestes 13 anos de vida, a Cia Pierrot Lunar passou por duas sedes próprias. A primeira, no início da jornada, em um ótimo galpão na região da Pampulha. Lá, de tudo aconteceu. Reuniões, festas, encontros com a comunidade, sonhos e o ensaio de ALICE (1995-1996). Uma deliciosa viagem pelo mundo de Lewis Carrol com direção de Fernando Mencarelli. Depois de longos 3 anos, devolvemos o espaço para o Lar dos Meninos Don Orione, onde foi construída uma mecânica de capacitação para adolescentes. Na segunda experiência, pós YABBA-DABBA-DOO!! (1997-1999), encontramos um espaço no Bairro de Santa Efigênia. Novos sonhos e a dura realidade da manutenção. De lá, o PALCO BH (2001-2004) pôde ser armazenado e distribuído para mais de 30.000 pessoas mensalmente. Mais uma vez, festas, reuniões com a classe e discussões políticas. Esse vai e vem não é novidade na vida de nenhum grupo. A busca pela sede própria é o sonho de qualquer integrante de uma companhia de teatro.
Em ATRÁS DOS OLHOS DAS MENINAS SÉRIAS, uma pergunta voltou a nos rondar. Onde iremos ensaiar? Nesses momentos, reencontramos os amigos e reafirmamos a persistência do artista. Começamos nossos ensaios no Centro de Cultura Belo Horizonte, com o apoio de Luiz Carlos Garrocho. Depois de uma pausa para as filmagens de BATISMO DE SANGUE, retomamos os ensaios com força total na sede do Real Fantasia, um grupo de amigos que nos acolheram deliciosamente bem. De fevereiro pra cá, começamos a nos questionar novamente. Os ensaios estão avançando, os elementos cênicos começaram a aparecer. Será que não é hora de ampliarmos o espaço? É hora do figurino e do cenário começarem a fazer parte do jogo. E aí volta a pergunta. Onde iremos ensaiar?
Agora, começamos uma outra fase a caminho da estréia. A Cia Luna Lunera (temos histórias em comum, uma admiração mútua e viemos da mesma escola) abre a sua sede para um outro grupo lunático. Um reencontro. Mais um pouso. Até a decolagem.
LÉO QUINTÃO
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