Chegamos a um ponto do texto que julgamos ser a metade do espetáculo. Andamos, portanto, até o meio do caminho e tenho a sensação que estamos percorrendo a estrada de uma forma íntegra, perseverante, confiante, com amor, tesão mesmo, de chatos que somos, apesar dos obstáculos, dos NÃOS, dos poréns, dos julgamentos de outrem, das perdas, ou melhor, das causas não ganhas, da falta de, do excesso de...enfim, dos conflitos de criação.
Aliás, por causa disso tudo mesmo, de birra, pirraça, como um estímulo, o verdadeiro incentivo, aquele que vem de dentro pra fora, é que não arredo o pé. Vem me tirar!! Vamos até o fim dessa metade pra entender que é possível realizar coisas, quando dentro da gente já está resolvido que elas vão ser realizadas e com o acelerador mais potente: o da vontade de confirmar que com vontade se faz à vontade. Sem julgamentos, concorrências e padrões definidos de como seria um processo de pesquisa dentro de um processo de criação coletiva. Chega de seguir padrões. Não fazemos teatro para isso. O saco ta cheio há muito tempo, agora estourou e vai derramar muito material criativo em cima de pessoas que vão sair pensando: o público.
NEISE NEVES
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