22 abril 2008

Desdobramentos #2

Contratempo

Pago o tempo porque desacostumei a senti-lo
Minha vida se vinga,
meu desejo passa,
minha barriga esvazia
Apago o tempo e passo por cima,
Dele e sempre um rolo compressor me comprime.
Insisto em apagar, pra talvez um dia recriar.
Minhas unhas são só unhas, as garras se trincaram
enquanto isso calo, falo, canto.
Apago o tempo como ele me apaga
divido como me divide,
consome

INSPIRAÇÃO: O tempo é um ponto chave na peça, por isso achei importante retratá-lo no poema é uma síntese da peça a transição entre os maus e bons momentos do casal.


A paisagem cinzenta

Do alto a gente sente menos dor
É ser tudo, porque se vê tudo.
E é nada diante de tanta coisa.
Ali o calor do Sol consola,
Mas sentia a chuva fria antes de qualquer um
Enquanto era um , poderia falar o que eu nunca falei
Cair de cabeça,
Até meus ossos se quebrarem e minha cabeça espatifar
Acho que vou sozinho
enquanto não sou vento para suas asas
e imagem no seu pensamento
acho que te vi e vivi na paisagem cinzenta sob o céu azul


INSPIRAÇÃO: O objetivo é retratar o momento que Ana esta na dúvida entre saltar ou
não. A indecisão, o medo e a angústia.


O delírio

Sou daquelas que se perdeu na sua mão
Delirou nos seus delírios
As vezes foi o motivo de eu assistir o nascer do sol
E esquecer meu problemas no por dele
Pertenci o tanto que me perdi
No fundo você sempre foi mais eu do que eu mesma
Pois me domina como se fosse minha cabeça
Me envolve como o tempo,
Sol quente água fria
Teu desejo é meu alento
Eu desejo seu encanto

INSPIRAÇÃO: O amor de Ana acima de qualquer problema ou condição.


(POEMAS DE ARIANE CRISTINA GERVÁSIO DA SILVA)

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